PSDB SÓ VAI ANUNCIAR APOIO AO GOVERNO APÓS CONSULTA

Fábio Dantas afirma que conta com o apoio de pelo menos seis deputados da bancada do PSDB

O presidente estadual do PSDB, deputado Ezequiel Ferreira, não vai anunciar agora sua decisão sobre quem vai apoiar formalmente para governador do Estado nas eleições deste ano. Embora o pré-candidato ao governo Fábio Dantas, do Solidariedade, tenha afirmado que já conta com o apoio de pelo menos seis deputados de uma bancada tucana de doze na Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira vai ouvir, antes, todos os deputados, os 35 prefeitos e dezenas de vereadores e presidentes municipais do PSDB espalhados pelo Rio Grande do Norte. 

Presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira ainda deve se reunir com a governadora Fátima Bezerra (PT), a quem apoia desde o segundo turno das eleições de 2018, para então anunciar se continua ao lado dela, na campanha de reeleição, ou apoiará um candidato da oposição.
“O PSDB vai estar na chapa conosco, oficialmente coligado, garantido pelo próprio presidente da Assembleia (deputado estadual Ezequiel Ferreira), junto com o deputado que compõem o PSDB, Tomba Farias, José Dias, Gustavo Carvalho, Getúlio Rego, Galeno Torquato, Nelter Queiroz, todos eles têm essa garantia que vamos estar unidos”, chegou a dizer o ex-vice-governador e ex-deputado estadual Fábio Faria, em entrevista na manhã de ontem, no “Jornal da Manhã”, da rádio Jovem Pan News.
Dividida, a bancada do PSDB conta com outros cinco deputados que vêm apoiando o governo na Assembleia – Raimundo Fernandes, Ubaldo Fernandes, Kleber Rodrigues e Doutor Bernardo e Albert Dickson.

O próprio Fábio Dantas acha natural essa divisão partidária: “Um partido que tem 12 deputados, faz parte, é muita pluralidade, o  próprio PT tem segmentos”. 

Dantas também disse que sempre teve boas relações de amizade com Ezequiel Ferreira, a quem sempre respeitou e manteve diálogo, mas admitiu, na Jovem Pan News, que o presidente da Assembleia “não precisa se decidir agora por candidatura, acho que lá na frente, pode ser um agente indutor, por exemplo, de um final de primeiro turno, que esteja precisando de um empurrãozinho pra gente terminar vencendo já no primeiro turno”.

O pré-candidato do SD a governador ponderou que “a campanha tem uma evolução que a gente não pode prever”, mas se chegar no final “e a eleição tiver pra ser decidida no primeiro turno a nosso favor”, Ezequiel Ferreira “pode ser o que vai dar o plus final para terminar e vencer a eleição, que é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros, quem  corre muito, morre no final.

Fábio Dantas também minimizou informações veiculadas em blogs e na imprensa, de que o presidente estadual do União Brasil, o ex-senador José Agripino e o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), não o apoiariam para o governo do Estado.

“José Agripino sempre foi muito cortês nas conversas que eu tive, e ele disse que iria reunir o partido na próxima semana para tomar uma deliberação, porque a proposta dele não é contra a pessoa de Fábio Dantas, é exatamente a priorização da chapa proporcional, que este ano é o grande entrave dos partidos políticos, que vão sofrer para eleger deputados federais por conta da nova legislação”.

Quanto ao prefeito de Natal, Fábio Dantas disse que sempre tem elogiado a sua postura, por exemplo, no combate à pandemia de coronavírus, que evitou mais mortes em Natal. “Acho que ele (prefeito) é uma pessoa muito importante no processo, mas ele não é candidato,  ele não é meu adversário, as pessoas estão achando como se Álvaro fosse meu adversário, mas qualquer pessoa queria o apoio de Álvaro, não sou diferente dessas pessoas, acho que Álvaro é um agente importante nesse processo”.

Porém, Dantas disse que vai ser candidato com ele ou sem ele, embora considera que seria muito positivo para a campanha o apoio dele: “Se ele não apoiar, vamos tentar construir uma história em Natal, onde o PT nunca venceu, nem Lula venceu Alckim (ex-governador de São Paulo)”.

Dantas também informou que já lhe foram apresentados três nomes para ser candidato a vice: “A gente faz parte de uma coligação, todos os partidos decidem quem vai ser o vice, vou deixar isso pra eles, os nomes vão ser apresentados, no momento oportuno, e vão decidir quem será o vice. Os que citaram pra mim são muitos bons, mas não vou adiantar, até porque quem trouxe esses nomes, foram os partidos, outras pessoas, e ai não conversei com eles e não vou criar essa expectativa pra que possam decidir entre eles”.

Tribuna do Norte

  

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