O ministro Ricardo Lewandowski falou, em coletiva nesta quinta-feira (04), que as forças de segurança mudaram a estratégia de busca após descobrirem que Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça não estavam mais na região da Penitenciária Federal de Mossoró.
"Depois de algumas semanas de buscas nas proximidades de Mossoró, nós mudamos de estratégia quando soubemos que eles não estavam mais nas proximidades do presídio. A mudança consistiu em sairmos da busca física, por assim dizer, e trabalhar a partir da inteligência", disse.
Segundo o ministro, a convicção da permanência de Deibson e Rogério nos arredores do presídio se deu pelos vestígios deixados por eles. "O que nos dava a certeza de que eles estavam ainda no local e que nos autorizava a manter uma força de quase 500 homens é que nós tínhamos vestígios da presença deles", disse.
"Restos de alimentação, rastros e os cães que os farejavam. Depois de um certo tempo, perdemos esses rastros e a inteligência da Polícia Federal os monitorou permanentemente e permitiu que fossem encontrados a 1,6 mil quilômetros de distância", acrescentou.
Lewandowski citou ainda os detalhes iniciais das investigações e comentou sobre a ajuda que eles receberam ainda no Rio Grande do Norte. "Em um primeiro momento, nós soubemos que alguns moradores foram cooptados pelo crime organizado, facilitando a fuga. Depois houve a vinda de veículos que os transportaram. Primeiro por uma distância de 34 km, perto de Baraúna. De lá, continuaram se evadindo, inclusive com vários outros carros, veículos modernos", comentou.
Antes de as buscas serem desmobilizadas, com a saída da Força Nacional no último dia 29 de março, o ministro mostrou convicção que os fugitivos ainda estariam na região. No entanto, segundo as informações, a dupla saiu de barco do Ceará até o Pará em uma viagem que teria durado seis dias.
"A partir do momento em que as forças de segurança souberam que eles não estavam mais no local, eles os monitoraram permanentemente até que pudessem ser localizados nas proximidades de Marabá", afirmou.
Portal Tropical
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